sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Por que Game of Thrones é a melhor série de todas?


Porque sim!
Demorei muito para começar a assistir Game of Thrones. Anos. Já tinha ouvido falar claro e casualmente assistido uma cena ou outra na troca de canais na tv a cabo, mas nunca havia me interessado por assistir de fato essa série. Não ia muito com a cara da Emilia Clarke e achava muito forçado “esse negócio de dragões”. Ainda, me parecia que era muito violenta para o meu gosto, acostumada com séries do tipo “sitcom”.
Até que ouvi tanto da fama de GOT como é chamada pelos fãs e de como a série é bem produzida que comecei sem nenhuma pretensão.
E me apaixonei.
Respondendo a pergunta “por que Game of Thrones é a melhor série?” eu costumo dizer que é porque é uma série completa. Embora seja uma série de fantasia, acho que ela consegue reunir com maestria aspectos de diferentes gêneros. Todos os elementos que nos levam a assistir isso ou aquilo estão ali, muito bem colocados. Há política. E acho que principalmente política. Há fantasia. Há guerras. Há batalhas. Há aventura. Há romance. Há putaria. Há um pouco de humor. Há um toque de terror. No meio disso tudo, há personagens extremamente complexos e bem construídos, com motivações, personalidade, pontos fortes e fracos, lutando pela sobrevivência e pelos seus interesses na disputa pelo trono de ferro de Westeros. Há belos cenários que compõem o mundo ficcional criado por George Martin. E há dragões.
Qualquer público pode ser agradado com tudo isso, mas não é somente isso. Temos o grande e fundamental detalhe de que “todo mundo morre em Game of Thrones”. Personagens amados e odiados, protagonistas e coadjuvantes, ninguém parece escapar da possibilidade de perder a cabeça (ou ter uma morte ainda pior) em Westeros. Aquele personagem que achamos que é fundamental para a continuidade da história, repentinamente é tirado do jogo por uma morte precoce desconcertando os fãs que atônitos não sabem como a história continuará a partir dali. No entanto, ela continua e ainda por cima parece ficar melhor. É importante avisar antes que você comece a assistir: não se apegue muito a nenhum dos personagens, pois há uma grande chance de que ele morra de uma forma bastante cruel muito em breve. Afinal, “quando você joga o jogo dos tronos, ou você vence ou você morre”. Não sei explicar porquê, mas a forma como a história continua, independente de alguns personagens queridos não estarem mais entre nós torna a série maior que seus personagens. Não é aquele tipo de série que existe somente porque esse ou aquele personagem, brilhantemente interpretado por um grande ator ou atriz, está lá.
Claro que há excelentes atores e atrizes. E a Emilia Clarke com quem eu nem simpatizava muito (como assim “mãe de dragões”?) é uma delas. Uma personagem forte e cativante, com um grande senso de justiça, muito bem interpretada por uma ótima atriz. Entretanto, a história se sobrepõe aos excelentes atores e atrizes e acontece independente deste ou daquele.
Após terminar as 7 temporadas atualmente disponíveis (em apenas um mês), fui para os livros. Devorei os 5 publicados até o momento com grande curiosidade, movida principalmente pelo fato da história na série ter ido além da história dos livros. Sim, a série foi além dos fatos narrados nos livros e tomou um rumo diferente em diversos momentos. Os livros valem a pena serem lidos, são ótimos e apesar de terem 600 ou 800 páginas, são uma leitura rápida. No entanto, é um daqueles raros casos - o único que eu conheço na verdade - em que a série consegue superar o livro. As cenas de batalha e as paisagens são tão bem trabalhadas na série e um pouco difíceis de imaginar nos livros. Assim, embora recomende a leitura também (sobretudo para os que gostam do gênero de fantasia), você pode passar muito bem apenas com a série.
Alguns personagens que morreram há muito na série ainda estão vivos nos livros e alguns outros personagens muito importantes existem apenas nos livros. Embora tenha um pouco de medo de que no final da próxima e última temporada alguns dos personagens queridos que restaram e por quem torcemos tanto, tenham um final triste, torço para que a série e os livros tenham desfechos diferentes entre si. Assim, quem sabe, ainda poderei escrever uma resenha sobre “qual o melhor final de Game of Thrones” não é mesmo?

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