Tenho muitas teorias sobre diversos aspectos da vida. Especialmente sobre relacionamentos.
Hoje quero escrever sobre mais uma dessas teorias…
Tenho certeza que todo mundo já ouviu aquela frase aparentemente mágica que diz que “quando você encontrar a pessoa certa, você vai entender porque nunca deu certo com ninguém antes”. Aparentemente, o suprassumo do consolo para relacionamentos que não deram certo. Usada como refrigério para foras, para relacionamentos que terminaram, para pessoas que nem se interessaram por nós, para tudo.
Eu penso que é a maior balela que eu já ouvi.
Eu acredito que muitas pessoas passam pelas nossas vidas. Elas vêm e trilham uma parte do caminho conosco, nos ensinam algo, nos tornam melhores, nos fazem felizes ou não tão felizes por um tempo mais ou menos longo. Com essas pessoas aprendemos, crescemos e amadurecemos. Quebramos a cara algumas vezes e com isso sofremos, mas o sofrimento nunca é eterno. Às vezes não é que as pessoas são as “pessoas erradas”. Elas simplesmente não são definitivas. Elas são as pessoas certas por um período de tempo variável.
Eu não preciso encontrar a pessoa certa, nem sei se estou pronta para a pessoa certa, nem sequer sei se ela de fato existe. Eu só quero ter a maravilhosa chance de encontrar e conhecer pessoas que me ensinem algo, que me divirtam, que me façam rir, que se preocupem comigo e passem algum tempo comigo. Não precisa ser a “certa”. Pode ser a “errada”. Talvez a “errada” me ensine lições que somente ela poderia ensinar ou talvez com ela eu viva coisas que somente com ela poderia viver.
Agora, se a gente (e eu sou totalmente uma dessas pessoas) nem tem a oportunidade de sentar e bater um papo com essas pessoas “erradas” que cruzam o nosso caminho, a vida se torna muito mais dura. Porque não aprendemos o que essas pessoas poderiam nos ensinar e não partilhamos momentos com elas.
Escrevo isso porque gosto de conhecer pessoas. Não sou muito sociável e tenho dificuldades para fazer amigos, mas gosto pacas de trocar ideias e de deixar a vida me surpreender com as situações e as pessoas que ela coloca no meu caminho. E o que mais encontro são portas fechadas, gente não muito disposta a se abrir, a partilhar uma ínfima parte da sua vida com outras pessoas. Muitas vezes parece ser por falta de interesse, outras por falta de tempo, outras por medo de parecer ridículo. Ou então vejo pessoas obcecadas pela ideia de encontrar a tal pessoa “certa” e apenas a pessoa “certa”. Pessoas que pensam “se não for a ‘certa’, nem quero, não vou perder meu tempo”. Não sei. Não entendo nada disso. Me parece que é um desperdício de oportunidades de ser feliz.
O que eu sei é que não é a pessoa “certa” que me fará entender porque não deu certo antes. São as pessoas “erradas” que me ensinarão novas formas de percorrer a vida e farão de mim uma pessoa melhor para se - se e não quando, note bem - a dita pessoa “certa” aparecer. É o tempo passado com as tais “pessoas erradas” e até mesmo as desilusões que elas causarem que darão graça a vida, que construirão a minha história. São os erros e acertos, os tropeços, as coisas que se aprendem com as pessoas “erradas” que farão um dia eu estar pronta para a pessoa “certa” se ela surgir.
Então, vamos parar de pedir para encontrar a pessoa certa ou pedir que determinada pessoa seja a pessoa certa. Vamos apenas nos divertir com o caminho!
E vamos parar de nos consolar com frases como aquela do início do texto. Vamos entender que não é a pessoa certa que vai curar as nossas feridas, isso é algo que precisamos aprender a fazer nós mesmos.
olha eu me apaixonando kkk belo texto
ResponderExcluirNada mais verdadeiro. São nossos erros e tropeços que nos ensinam mais sobre a vida.
ResponderExcluirNão é mesmo?!
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