sábado, 25 de maio de 2019

O que o minimalismo mudou na minha vida?





O minimalismo foi algo que sempre esteve comigo. Muito antes de eu sequer ter ouvido falar dele pela primeira vez, até. É a forma que eu sempre pensei e me questionei sobre algumas coisas. A única coisa que mudou é que essas ideias que sempre estiveram maturando em mim ganharam uma forma mais definida, ganharam um nome.
O ponto de virada, eu acho, foi a leitura do livro “Menos é mais” que resenhei aqui. Com ele descobri esse nome “minimalismo”. Descobri que aquilo que eu pensava era compartilhado por outras pessoas, que fazia sentido meu sentimento de desapego em relação à bens materiais que não me tragam utilidade e meu modo de tentar simplificar a vida tendo menos bens materiais. Antes eu chamava de praticidade. Continuo achando que praticidade é uma boa boa palavra, mas agora aperfeiçoei muito mais minhas teorias, me questiono muito mais e adquiri novos valores.
Acho que é um pouco difícil definir o minimalismo. Porque não há um único modo de ver as coisas e uma única definição. Isso depende de cada um. Não me preocupo muito em encontrar uma definição perfeita, para mim é simplesmente minha forma de pensar, agora com um nome. Acho que um bom começo para quem não sabe nada a respeito é o próprio livro “Menos é mais” e também o documentário “Minimalism: a documentary about the important things” disponível na Netflix. Se eu fosse definir diria que é “simplificar as coisas para que sobre espaço para o que é realmente importante na vida”. Algo assim.
Uma vez li algo que a Zibia Gasparetto escreveu, não sei em que livro, que dizia que é importante liberarmos algumas coisas para abrir espaço para que novas coisas entrem na nossa vida. Adorei e pratiquei sempre desde então. Até porque nunca curti manter o que chamo de “tralha”. Muita coisa acumulada me incomoda, parece que me sufoca. Por que guardar se não é útil, se não é usado? Só para ser mais coisa para ter que limpar? Por que se apegar em coisas materiais também? É tão melhor deixar a vida mais leve.
Aí entra o processo de desapego, que acredito que seja a primeira fase do minimalismo: se desapegar do que não é importante. Liberar espaço na vida para o que é importante. Gastar menos energia, tempo, espaço e dinheiro com o que não é importante. Acho que essa fase é um processo que meio que nunca se encerra, está sempre acontecendo, paulatinamente. Embora meio bagunceira, considero que não tinha tanta tralha assim. Mesmo assim, desapeguei de muita coisa; roupas que não gostava, sapatos que machucavam, papelada antiga. Roupas e sapatos ainda quero diminuir. Todo ano faço uma espécie de inventário, conto as roupas, acessórios e sapatos e no ano seguinte esse número tem que ser menor. Além disso, a regra é: para cada coisa que entra, uma coisa tem que sair. Aos poucos vou chegando no que quero. Brinco que o objetivo é que tudo caiba em uma única mala. Ainda está longe disso, mas quem sabe?
Com esse processo de desapegar mais ainda e as leituras e vídeos que vieram (acho que tenho que fazer um texto sobre todo esse material que vem me influenciando positivamente nos últimos tempos), comecei a me questionar muito mais sobre o que é importante, sobre o que eu quero da vida e para a vida, sobre o que faz sentido para mim, sobre o modo que eu quero viver.
Veio esse blog também porque eu queria escrever mais sobre minhas teorias malucas sobre “a vida, o universo e tudo o mais” (entendeu o referência?).
Passei a me questionar mais sobre o que eu consumo. Sempre fui o que costumam chamar de mão-de-vaca, com muito orgulho inclusive. Isso continua, mas agora me questiono ainda mais sobre o impacto do que eu consumo, não apenas no meu bolso, mas para o planeta também.
Tento produzir menos lixo. Estou muito, muito, muito longe do ideal nesse quesito e até sou um pouco contra a coisas extremas demais. Admiro muito o movimento zero waste, mas não é o estilo de vida que eu queira ou conseguiria seguir. Eu viajo e sei que isso é uma atividade super poluente e impactante e não pretendo deixar de viajar, seria então um pouco de hipocrisia dizer que melhorei muito, mas reflito mais e tento reduzir o que é possível, mesmo que seja nas pequenas coisas.
Diminui muito a quantidade de doces que consumo. Bom, isso na verdade teve outro ponto de virada e também merece um texto específico, mas acho que combinou muito com o que eu quero para a minha vida agora.
Reflito mais sobre a forma como uso meu tempo, sobre o tipo de pessoa que quero ter por perto e sobre minha reação a coisas que me acontecem. Inclusive espero ainda encontrar muitas pessoas que pensem do mesmo modo.
Enfim, acho que amadureci, passei a gostar mais da minha própria companhia e aceitar a vida como ela é.

sexta-feira, 17 de maio de 2019

Mitos sobre dinheiro e investimentos



Educação financeira é sem dúvidas um dos meus temas favoritos. Sempre fui disciplina em poupar e estudo bastante sobre investimentos. Acompanho diversos blogs sobre finanças pessoais, gosto de deixar o tema sempre quentinho na mente, acho que isso colabora ainda mais para a disciplina. Percebo que a maioria das pessoas não se preocupa com o assunto, é como se estivessem esperando as coisas caírem do céu. Por isso acho importante escrever algumas coisas que eu gostaria que todo mundo soubesse sobre o dinheiro, o hábito de poupar e investir e desmistificar alguns mitos.

É preciso ter muito dinheiro para investir.
Mito. Investimentos no tesouro direto partem de R$ 30. Meros R$ 30! Com R$ 100 já dá para fazer a festa. É possível também encontrar CDBs a partir de R$ 100 e a partir de R$ 1000 a maioria das corretoras oferece uma ampla oferta de CDBs , LCIs e LCAs com rentabilidade muito boa.

Poupança ainda é o investimento mais seguro.
Mito. Muita gente entendida nem considera poupança um investimento. Sério, com todo o acesso facilitado hoje em dia, poupança nem deveria ser mais uma opção para deixar o dinheiro parado. Tesouro direto tem a garantia do governo (que por pior que seja sempre honrou os pagamentos) e produtos financeiros de bancos tem a garantia do FGC (fundo garantidor de crédito), a mesma garantia da poupança, só que com uma rentabilidade muito melhor.

Precisa entender de economia, finanças e matemática para investir.
Mito. Grande parte dos investimentos, na chamada renda fixa que tem, como o nome diz, uma rentabilidade fixa, é preciso apenas entender algumas características do produtos, vantagens e desvantagens e utilizando um simulador de rentabilidade pela internet (muitos sites disponibilizam) é possível calcular sem sofrimento a rentabilidade e fazer simulações.

Vou investir quando tiver dinheiro para investir.
Mito. Se você vai esperar ter dinheiro para investir, tenho uma péssima notícia: você NUNCA terá dinheiro. Sempre haverá outras coisas para consumir o seu dinheiro. A gente gasta o que sobra depois de investir ao invés de investir o que sobra depois de gastar.

Aquela ideia milagrosa e mirabolante (hello Betina) que eu vi por aí de dobrar o capital rapidamente, de entrar em um esquema qualquer, é uma boa ideia para investir o meu dinheiro.
Mito. Não existe milagre. Não existe ficar rico da noite para o dia (a não ser que, talvez, você herde uma fortuna ou ganhe na loteria o que tem uma probabilidade minúscula de acontecer para a maioria das pessoas). O que deixa as pessoas ricas é trabalhar, em primeiro lugar. Em segunda é a tríade: tempo, paciência e disciplina. São os juros compostos que farão seu capital se multiplicar com o tempo, é a sua paciência de esperar e sua disciplina em investir sempre que farão o “bolo” crescer. Simples assim.

Comprar carro e/ou trocar de carro é um investimento.
Mito. Carro é o que mais me horroriza no que se refere aos mitos sobre investimentos. Carro é um passivo que é algo que te faz gastar dinheiro e não um ativo que é algo que te faz ganhar dinheiro. Tenho uma ideia bem simples e direta sobre o tema: CARRO TE EMPOBRECE. A troca constante de carro com a desculpinha de que ele se desvaloriza só me faz revirar os olhos e dizer: o caminho do enriquecimento não passa pela troca constante de carro. Ai, pra mim é tão óbvio que dá até preguiça escrever a respeito. Há excelentes textos em blogs de finanças que provam direitinho isso e desmontam qualquer argumento.

Agora algumas verdades sobre dinheiro e investimentos.

É fundamental anotar os gastos.
Verdade. Você sabe para onde está indo seu dinheiro? Pelamordedeus, me diz que sabe. Porque se não sabe, como você quer fazer sobrar? No entanto, não é NADA difícil controlar os gastos: tem vários aplicativo para smartphone para fazer isso e vai estar sempre a mão.

É preciso aumentar a renda ou reduzir os gastos.
Verdade. De preferência os dois né? Se você não quer reduzir os gastos, tem que dar um jeito de pelo menos aumentar a renda. Se aumentar a renda E reduzir os gastos, terá ainda mais dinheiro para investir.

Essas são só algumas coisinhas que lembrei de cara. Se fosse pensar mais a respeito, surgiriam muito mais. A ideia era apenas dar uma alfinetada e gerar uma reflexão sobre esse tema tão importante.



Insecta Shoes




Hoje quero falar sobre mais uma empresa super bacana que tive a felicidade de descobrir: a Insecta Shoes.
Passei anos, quase a vida inteira na verdade, sofrendo para comprar sapatos. Primeiro porque uso número 40 (às vezes 41 até) e é super difícil encontrar. Isso em partes foi resolvido quando comecei a comprar pela internet (sim, já comprei diversos sapatos pela internet sem nenhum problema, recomendo) onde consigo mais opções para a minha numeração. Segundo porque meu pé é complicado. Já sofri com longos tratamentos para unha encravada e inúmeras vezes fiquei cheia de bolhas ou machucados porque meus pés são sensíveis e os sapatos me machucam. Sapatilhas então, são campeãs em machucar. Já teve várias vezes que doei sapatos praticamente novos porque não conseguia usar porque machucavam os pés. Aquela sapatilha baratinha e super dura? Não, não é para mim, passo longe. Até mesmo sapatos mais caros já machucaram, então a dificuldade é geral.
Até que um dia descobri a Insecta Shoes. Nem sei como descobri a Insecta. Deve ter sido na minha busca por produtos ecológicos e que tenham uma “pegada” mais minimalista que é o que eu tento incluir na minha vida. Fato é que passei um tempão namorando os sapatinhos fofos dela, pensando se seriam ou não realmente confortáveis, mas achando muito caro para comprar.
Porque sim, meio que precisa vender um rim para comprar um sapato da Insecta. E eu sou mão de vaca assumida, fato, ainda mais com vestuário e sapatos. Até que esses dias queria comprar um sapato e cansada de pesquisar na internet modelos que de cara eu tinha certeza que me machucariam, eu resolvi arriscar a Insecta.
E valeu cada centavo.
Precisei trocar porque, pela primeira vez, comprei um número maior do que devia. Ok, eles fizeram a troca sem criar problema nenhum, foram super solícitos nas mensagens trocadas e me responderam rapidinho pelo Facebook sobre a troca.
A entrega é super rápida e o sapato é maravilhoso. É confortável, bonito, diferente, único. Numeração? Até 45 para a linha principal de oxford e até 42 para algumas outras. O sapato é unissex e tem estampas lindas!
Achei a proposta da empresa muito bacana. O sapato é ecológico, vegano, feito com tecido de garrafa pet (alguns com tecido de roupas também ou algodão reciclado) e com sola de borracha reciclada.
Ainda acho que o sapato é caro. É bem caro sim. No entanto, eles explicam os custo de produção no site, eles afirmam remunerar adequadamente todas as etapas do processo produtivo, usam materiais reciclados, tem um programa de logística reversa para reciclar os próprios sapatos da Insecta. É maravilhoso saber que estamos, pelo menos, consumindo um produto que está retirando materiais do meio ambiente ao invés de só jogar mais e mais. Sou do tipo que se preocupa com o impacto do consumo, então acho que participar consumindo um produto um pouco mais correto, é muito legal. E de quebra ganho conforto e charme.


Cupom para ganhar R$ 25 de desconto na primeira compra na Insecta: C557ACAB31

Observação: Não recebo nenhum tipo de patrocínio ou favorecimento por falar da marca aqui, meu relato é baseado exclusivamente na minha experiência pessoal do sapato que eu mesma comprei e paguei.