quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Tempo de mudança



Engraçado como uma coisa parece puxar a outra. Esses dias escrevi sobre a solidão e o estar sozinha, mas não de uma maneira pessimista, ao contrário, sobre a importância e a graça de aprender a se virar sozinho e a lidar consigo mesmo (aqui). Hoje estou preparando a mudança para ir morar sozinha. Parece que o momento certo da vida para morar pela primeira vez sozinha chegou. É uma experiência de vida que acredito seja muito importante para qualquer pessoa e que eu ainda precisava ter.
Estou ansiosa por essa nova fase da vida e percebo como é encantador o modo como tudo nos surpreende ao acontecer no momento certo. Quando escrevi aquele texto, não estava pensando em me mudar. A ideia já havia surgido outras vezes claro, mas sempre achava que ainda não era o momento. Então as coisas aconteceram: vi um apartamento perfeito, fiz muitos cálculos de gastos - o mais importante e o que as pessoas mais esquecem na hora de decidir sobre morar ou não sozinho - e decidi. A graça da vida.
Preciso desse momento agora. Passar algum tempo comigo mesma. Acho que combina com o que eu penso e acredito e me permitirá levar a vida mais a meu modo, fazendo tudo do jeito que tenha significado para mim.
Obviamente o minimalismo me acompanhará na nova jornada. Acho que foi muito bom ter alguns anos de amadurecimento à luz do minimalismo antes de estar pronta para mudar. A maneira como vou dispor do meu novo espaço estará de acordo com o que busco e quero para a minha vida. Nada daquelas coisas que trazemos para casa usualmente pensando: um dia eu vou usar, um dia eu posso precisar. O que estou aplicando é: se e quando surgir a necessidade, providenciamos, do contrário, não estará presente ocupando espaço, tempo e energia.
Tenho lido algumas coisas sobre a experiência de morar sozinha. Sempre é bom aprender com os erros e acertos das outras pessoas. Muito se fala sobre a sensação de solidão que morar sozinho muitas vezes trás. Eu mesma confesso que - um dia - já pensei que morar sozinho é um pouco triste. Me pergunte agora se eu tenho medo da solidão? Não preciso nem dizer que não. Vamos ver, estou curiosa para saber qual será a sensação, mas acho que emocionante é uma palavra melhor do que triste para descrever a sensação que tenho com essa ideia.
Por último e não menos importante, isso tudo tem muito a ver com perceber que eu me tornei a pessoa que eu gostaria de ser. Sabe aquele momento que você se dá conta de que se tornou a pessoa que sempre almejou ser? Que você está fazendo as coisas e agindo da maneira que sempre disse que faria um dia? Essa sou eu. Sendo coerente com minhas ideias.
E o que isso tem a ver com morar sozinha? 
Morar sozinha vai me permitir aplicar melhor aquilo em que acredito, simplificar minha vida, estar mais perto do trabalho, experimentar um lugar novo, ganhar tempo para dedicar ao que é importante, testar, aprender com os novos desafios que surgirem. Afinal, a vida não é estática e precisamos de mudança, de novos aprendizados, de novos ares.


Fonte da imagem: https://pixabay.com/pt/photos/bagagem-sacos-mala-brown-caso-1436515/


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