Uma das lições que aprendi em 2019 é que o silêncio às vezes é a melhor resposta.
Que batido, eu sei.
Sempre fui uma pessoa de palavras, talvez por isso goste tanto de escrever. Nunca fui de silêncios. Gosto de explicar pensamentos e sentimentos. Isso sempre foi importante para mim em relacionamentos interpessoais em que em geral sou adepta do “fala na cara” e do deixar claro minha forma de pensar.
Então 2019 me ensinou que com frequência existem coisas que não devem ser ditas ou que não precisam ser ditas ou que não valem a pena serem ditas. Principalmente que não valem a pena serem ditas. Existem sentimentos e ações que não valem a pena serem explicados, que às vezes um dar de ombros é a melhor forma de responder à altura quando o ouvinte não está interessado em escutar.
Com frequência responder com o silêncio quando não há nada para dizer, quando não existe interesse da outra parte em ouvir ou quando não se encontra um terreno fértil para semear ideias é mesmo o melhor a fazer, é uma forma de se resguardar, de manter intactos pensamentos que são apenas nossos e que uma vez espalhados ao vento não encontrariam nenhuma reciprocidade.
Não dar tantas explicações também é uma boa forma de se preservar. O que gostamos, queremos e fazemos nos pertence, não precisamos dar explicações quando não queremos de fato dar explicações. Um mero sim ou não é suficiente na maioria dos casos, sem serem seguidos por uma justificativa.
Parece uma lição dura. Acho que é mesmo. No entanto, é uma lição importante. Evita explicações desnecessárias, evita alguns constrangimentos e evita frustrações por não obter as respostas esperadas ou por obter resposta nenhuma. Do mesmo modo, às vezes tudo que nos resta a fazer é dar as costas e ignorar, seguindo em frente.
É algo que quero colocar em prática cada vez mais em 2020.
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